Com o cuidado e gratidão que elas merecem, pedimos a 34 plantas espontâneas que nos deixassem representá-las numa pequena edição que com carinho iriamos distribuir por quem sentisse vontade de as conhecer.
Já lá vão 5 anos desde que saiu a primeira edição desta compilação: o Guia Artesanal de Plantas Selvagens. A primeira apresentação deu-se na Ronda das Adegas em Atenor, Miranda do Douro. Eram apenas 18 exemplares a preto e branco e com uma capa pintada à mão, ainda meia dobrada da água das aguarelas. Foram todos vendidos e tivemos ainda a sorte do António da Livraria Traga-Mundos acreditar em nós e querer representar estes Guias por lá.
Na vinda de Atenor as cores juntaram-se ao preto e ao branco, a encadernação manual foi sendo aprimorada...
Os livros chegaram a muitas mãos, mãos essas que nos orgulhamos de dizer que em grande parte tivemos o privilégio de as conhecer pessoalmente. As folhas dobradas, encadernadas e cosidas por nós foram encontrando entusiasmo nessas mãos que no final das caminhadas, dos workshops, dos mercadinhos ou das bancas das livrarias foram percebendo o valor de estarmos atentos ao verde.
Aprendemos muito com este Guia, principalmente que o crescimento se dá a passos largos quando deixamos a curiosidade e o espanto de viver habitar em nós, permanentemente...
Esta 11ª Edição é um marco daquilo que nos tornamos e é com alegria que encerramos este ciclo. O texto vai revisto, a introdução será apropriada à comemoração e haverá notas de campo escritas por nós exclusivas a cada livro... Enfim, só boas surpresas!
Agradecemo-vos: Amor de Hortelão, Alho Bravo, Artemísia, Azedas, Bardana, Beldroegas, Bolsa de Pastor, Borragem, Camomila, Capuchinhas, Cardo Mariano, Dente de Leão, Funcho, Hipericão, Malva, Margarida, Menta, Milefólio, Morugem, Onagra, Pilriteiro, Plantágo, Prunela, Roseira Brava, Sabugueiro, Saramagos, Silvas , Tomilho, Trevo dos Prados, Tussilagem, Urtigas, Umbigo de Vénus, Verbasco, Verbena, Violeta... Por tudo o que nos contam pela forma como se mostram e por nunca desistirem de nos surpreender.
E a todas as outras plantas que cresciam ali mesmo ao lado, por entre as pedras do caminho, aquelas que por alguma razão não tiveram uma página que lhes fosse dedicada. Todavia esperemos que tenham sentido as muitas vezes que as referimos em caminhadas e conversas com a mesma dignidade das outras escolhidas.
Queremos agradecer-vos também, a todos vocês, que nos ajudaram a acreditar que um livro pode ser produzido em pequena escala, com grande dedicação manual e que os circuitos curtos de proximidade são ainda a força motivadora que nos une como humanidade.
Se quiserem comprar esta última edição preencham o questionário até ao final de Janeiro e entraremos em contacto para combinarmos o envio e as formas de pagamento.
Nesta feliz despedida desejamo-vos óptimos começos, Rita Roquette David Callison