Tinham ganho árvores num concurso interno do CNE e não sabiam muito bem os passos seguintes pois já tinham percebido que só plantar não lhes bastava.
Fomos falando, percebendo como podiam arranjar um terreno com a junta local, que quantidade de árvores deveriam pedir e no plano para o que eles queriam.
No dia 29 de Janeiro fui ter com os escuteiros do Agrupamento 573 - Seixas para fazer uma experiência do que pode ser uma chegada a um terreno onde se gostaria de tornar diverso, mesmo sem árvores para plantar naquele momento.
Subimos a encosta por ali acima e olhamos o sítio de baixo ao alto. Quem são estes rasteirinhos aguçados vestidos de flores amarela? E aqueles lá de cima? Quem são estas que crescem em grupos e estão por todo o lado?
Eram os tojos floridos, os grandes eucaliptos, os esguios pinheiros e as acácias... Todos ali com as suas funções.
Será melhor semearmos e plantarmos numa descida onde se vê que as águas escorrem e onde as pedras ficam a descoberto, numa zona plana ou numa valada húmida? As perguntas geradoras são sempre um surpresa e onde só se pensa em criar soluções!
Andámos todos devagarinho e atentos. Alguém encontrava uma árvore pequeninha, lançava o sinal e dávamos-lhe folhagem e ramos para a abrigar, reter a humidade do solo e melhorar a terra que a sustenta. Marcamos cada uma com madeira de acácia.
A zona de erosão foi engenhosamente abrigada por barragens tão bem feitas como se por castores, casa para as sementes trazidas pela enxurrada que virá.
Uma hora de sábado, sem ferramentas para além das mãos e da presença, num monte perto de si.
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