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Visitando Oficina de Criatividade Himalaya




Os fundos comunitários deviam realmente investir no que nos interessa, numa preparação para uma sociedade culta e sã, que conhece o seu valor porque é valorizada e não roubada das suas riquezas.


O investimento no conhecimento e na curiosidade inerente ao ser humano devia ser mais frequente. Temos poucos exemplos, mas aqui nos Arcos de Valdevez parece que está prestes a nascer: a Oficina de Criatividade Himalaya. É um acreditar no benefício da mesma curiosidade que moveu o Padre Himalayaem todas as suas múltiplas áreas de interesse.


Estava nos começos do séc XX e, sem limites de espectro, este minhoto mergulhou na investigação que provinha na sua maioria da observação empírica e da aplicação de conhecimentos. O seu caminho mais registado provem da sabedoria popular que absorvera dos pastores. Estes sabiam por experiência própria que se a trovoada fosse avolumada na Primavera seguinte a fertilidade aumentava.

Daí nasceu a sua busca pela fertilização dos solos, pelos animais e plantas úteis à natureza e agricultura, pelas plantas medicinais, a dietética, a radiestesia e as águas, as variedades locais, pelo adubo proveniente das águas residuais e o consequente uso para a fabricação de gás metano... E também daí veio a sua mais conhecida invenção, o pirelióforo. Uma abóboda invertida que focava através de espelhos e lentes a luz solar. Deste modo conseguiu fixar o azoto atmosférico através de um potente raio solar capaz de fundir a mais de 3000º, um feito inigualável.

Porém, pela falta de investimento na área das energias renováveis, este homem vivo e genial acabou por se dedicar à fabricação de explosivos que eram usados também na mineração. A história hoje repete-se, a falta de ética e visão destes investidores não é diferente do nosso governo, e já passaram 100 anos! Só se investe naquilo que dá lucro imediato ao investidor, não se aceita que a médio prazo, melhores e maiores aplicações podem ser feitas. A destruição é visivelmente mais rápida que a construção, o lucro é garantido e perpetua-se o ciclo de alimentar a morte e não a vida.

E assim se corrompe uma sociedade à nascença. Estamos carentes de filantropia, do amor inerente à humanidade, da aceitação e crença na nossa capacidade criadora. Falta-nos benfeitores, onde estão eles?

"...instaurar uma alternativa tecnológica nova, baseada na organização territorial e social, assente em energias renováveis..."

Manuel António Gomes / Padre Himalaya O homem que sonhava em criar "uma estrutura colectiva de investigação".


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